quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Haarlem

Prometi que ia contar do fim de semana, certo?
Ok, vamos lá.

O fim de semana começou na sexta com a festinha do Espanhol. Festinha não, festão! A casa era super bacana num lugar perto do centro. Tinha MTA gente. Pra variar, MTO espanhol! Juro, devia ter uns 20! Depois chegou uma leva de italianos, havia alguns poucos holandeses (aliás, holandês em festa é coisa rara. Apesar de estar na Holanda, tenho conhecido pouquíssimos holandeses!), alguns portugas e, claro, nós 3, os brasileiros.
Depois de uma série de conversas despretensiosas regradas a um tanto de vinho em um climinha frio, porém agradável, fomos embora. Cada um pro seu canto. Mas, como bom cavalheiros que somos, Bruno e eu levamos a Marina até o meio do caminho. Sim, até o meio. O frio estava apertando e a Má mora praticamente em outra cidade, oras!.

Já estava tarde, passava das 2 da manhã e tínhamos que ir à Heerlem no sábado cedinho.
:s

E lá estávamos nós, madrugando em pleno sabadão! Havíamos combinado um encontro as 8:00 da madrugada no parque em frente à minha casa. Nós 3 e um casal de Praga (a Zuzka e o Phillip). O plano era ir à uma posição MTO BACANA cujo tema era INSTANT URBANISM! Só gente bacana exposta, dentre eles: Situacionistas e Archigram!!!!!
O dia estava frio. Aliás, frio é pouco. Pira nessa névoa que rolava no parque em frente de casa:
É pois é, negão. Guenta a friaca? Nós agüentamos!

Entramos no carro e fomos em direção à Haarlem, ao norte da Holanda, pertinho de Amsterdam (sim, fomos de carro.O Phillip veio com o carro dele de Praga e no fim foi BEM mais barato!!!!!). No caminho aquele território plano: vaquinhas, cavalinhos, cabritinhos, moinhos, água, MTA ÁGUA, e quase nenhum porco. Achei q ia ver porco as pencas! Mas não, o que tenho visto as pencas são coelhos! Coelhos e pássaros.

;P
Quase duas horas depois de sairmos de Eindhoven, chegamos a Haarlem. A cidade é bem charmosinha, interessante e com história. É engraçado ver nessa foto as diversas camadas (os famosos “puxadinhos”) que a igreja foi ganhando. Talvez por conta da complexidade que o programa , com o tempo, acabou adquirindo. Talvez...

Certo mesmo é que havíamos chegado a Haarlem e estávamos ansiosos com a exposição. Tivemos um probleminha pra achar vaga pro carro e decidimos nos separar. O Phillip foi procurar um lugar pra estacionar enquanto o resto de nós ia procurar um mapa da cidade e localizar o museu em que a exposição se encontrara. Ao chegarmos ao centro de informação turística uma surpresa engraçada:


Quem reparou direitinho na composição das letras que formam os nomes Haarlem e Heerlem?


Se você reparou, parabéns! És uma pessoa atenta. Coisa que eu não sou e, não sendo, já viu né? Fomos parar na cidade errada! Ai carai!
A sorte é que Zuzka e Phillip tinham preparado todo um roteiro além do museu. Aliás, roteiro fantástico! Fomos à praia (sim tava frio, mas ainda assim, botei meus pezinhos na água gelada do mar do Norte), fomos a outra micro cidade em que, por coincidência, rolava uma peça de rua (provavelmente uma fábula nacional ou, de fato, sobre a historia holandesa pq os caras estavam usando os tamancos típicos).
Acima, a Zuzka, a Má e eu no mar. Abaixo o típico tamanco holandês.


Agora, o mais impressionante mesmo foi chegar ao limite do canal que conecta Amsterdam ao mar. Um lugar magnífico, fantástico e bizarro ao mesmo tempo. A ordem e o plano da modernidade imperam naquele território altamente tecnológico. Navios e cruzeiros gigantescos! O ruído longínquo e intenso de indústria e ferro retorcidos. Cheiro salgado do mar, brisa no rosto, horizonte distante.
Um profundo silencio interno tomou-me pelo braço. Fiquei um tempão pensando, silenciado. Não sei em que pensava. Nem sei se de fato pensava. Mas o contato com o mar, como me é de costume, fez de mim um ser em transe. Nem só aqui nem só ali. Em lugar algum e em todos ao mesmo tempo. Complexo e confuso? Talvez; mas era assim que me sentia.

Pra finalizar um passeio pela artificialidade. Uma pista de esqui, uma parede de alpinismo e uma escultura circular de concreto em um morro. Tudo artificial.Tudo projetado e construído pelo homem.Inclusive o morro.Quer mais Holanda do que isso? Só faltaram as tulipas e os moinhos...


Voltamos pra Eindhoven com um sorriso escancarado. Rindo do dia intensamente prazeroso. Rindo da confusão atrapalhada. Rindo, sobretudo, com a doçura de quem experimentou o gosto da vida, o gosto do arbitrário e do desconhecido.

Ao chegar em Eindhoven ainda fomos em mais uma festinha. Mais uma vez, de um espanhol! Festinha numa casa incrível. Mas o som era MTO RUIM. Fiquei pouco. Tava cansado e desanimado com aquele som. No domingão, almoçamos na casa da marina e assistimos a um filminho dos irmãos Cohen: “The Big Lebowski

Filmão! Recomendo!
=p

7 comentários:

mmeira disse...

que beleza de post. quantos passeios! quanta gente nova.

tá expirando felicidade, hein Fê?

ps: eu AMO os mullets dos espanhóis... e dos argentinos também, rs.

Lica disse...

Ai Fe
to amando viajar com vc rs

Conta maissssssss!!!!!!!!!!!!

Bjooooos

Felipe disse...

Ufa, ainda bem q da pra editar o texto nessa bagaça...
lancei um "uma parte de nós iriamos" MEU DEUS!
hehehehehehehhe

isadora krieger disse...

eu vi essa foto que também estava no fotolog do meu por enquanto amigo virtual fermore.

http://www.fotolog.com/femore/32836931

aliás amei a foto da árvore com a neblina.
linda!

:)

babuína disse...

Hehehe.Perdidos na/pela língua estrangeira. Só no rolê, né?Saudade mega de vc. se cuida. bjo

Flá Moreira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Flá Moreira disse...

Meu Deus!!!
É uma mistura de felcidade e saudade que aperta o coração tanto que não dá para explicar! Ler o que você escreve é tão bom... dá tanto orgulho!!!!!
Você, definitivamente, está se saindo como eu esperava, senão melhor!
Te amoooooooooo, mto mto mto mto!!! Estou pirando o meu cabeção com esse final de TCC, mas dará tudo certo!!!
Depois entra nesse blog de uma amiga minha q é INCRÍVEL: http://santaluna.blogspot.com/
Bjooooooooosss