segunda-feira, 15 de setembro de 2008

parte 2

E finalmente uma festinha decente em Eindhoven! Toda quinta feira na TU/e (Universidade) rola uma festinha em cada um dos prédios da faculdade. Claro que na arquitetura não ia ser diferente. A festinha rola no SKY BAR. A princípio, a localização fazia jus ao nome e o bar encontrava-se na cobertura. Hoje, ele é o seu “eu” invertido. Encontra-se no menos um. No subsolo. O que, pra mim, acabou sendo certo charme. O espaço é retangular, mais cumprido e estreito, com pé direito alto, vigas de concreto e uma iluminação interessante.
Pra chegar lá é simples: pegue o elevador e desça até o menos 1. Siga em frente, entre em qualquer uma das portas. Você estará num mezanino. À sua esquerda estarão os armários pra guardar a bolsa, a blusa ou o que mais você quiser. Desça a escada metálica olhando pra todo mundo. Procure seus amigos ou alguém que te desperte algum interesse. Vá até o bar (que fica do lado esquerdo) e compre um chope a 0.60 euros e um misto quente a 0.90!
Você vai perceber que o som é daquele que, se não ajuda, também não atrapalha. Vez ou outra toca uma música legal. Todo mundo fica conversando, tomando umas, é bem sussa.

=)

Mas festa boa mesmo foi a que veio depois. Na casa de um espanhol, pertinho da minha casa e do Phillips Stadium. Pra festa ser boa não é preciso muito. Junte uma galera legal, algo pra comer e um tanto de bebida. Ponha um som de fundo (daquele mesmo tipo da festa anterior, não precisa ser excelente, basta não atrapalhar!) e pronto! A festa tá feita.


As francesinhas foram o charme da festa, aquele inglês falado com biquinho...

Arquitetura
Terça-feira voltei à Antuérpia. O International Design Studio em arquitetura será lá. Aliás, numa área super interessante: entre a linha do trem, uma área residencial e o anel viário (que me lembrou muito a 23 de maio). Estou bem empolgado c esse projeto! Meu grupo parece ser bem legal! Uma mina da Letônia, outra da Bélgica e por fim, uma da República Tcheca, de Praga!!!
Foi bem interessante a discussão que tivemos. A Zuska (de praga) mostrou o anel viário de Paris. A maneira como a cidade incorporou essa infra-estrutura sem identificá-la como barreira. A cota da cidade é superior à cota do Anel viário. Em alguns momentos, por sobre o anel, a cidade também acontece. Hora é um trecho do parque, hora é um estádio ou só uma ponte. Fiquei fascinado com essa perspectiva boa de fazer cidade. A gente costuma ver sempre as coisas pelo seu negativo. É preciso criatividade e paixão. Não só ao olhar a cidade, mas à vida!



Ontem fui a Rotterdam. Ia rolar um festival de arte em que uma fotografia do Lex ia ser leiloada. Resolvi ir. Fui com o Ibai (o Basco, lembra?! Ê memoriazinha a do cês, hein?) ele ia encontrar uns amigos conterrâneos e dar um rolezinho por lá. Saímos cedo de Eindhoven com nossas bikes (minha magrela é minha nova paixão, me acompanha em todo canto). Uma hora e dez minutos depois, chegamos em Rotterdam. O Ibai e os amigos queriam fazer um passeio mais turístico. Eu, como sempre, achei ótimo andar (ou melhor, pedalar) sozinho pela cidade, pensando, refletindo, vivenciando. Fui até o NAI (Instituto Nacional de Arquitetura da Holanda). Uma senhora aula de arquitetura em único prédio. Coincidentemente encontrei a Ruth Verde Zein (profa do Mackenzie) por lá. Foi engraçado!



Conversamos um pouco e continuei meu passeio meio à deriva, meio guiado por um mapa. Foi tão bom! Fui ao conjunto das casas cubos. Confesso que gostei mais do que eu imaginaria. É uma vila elevada, com diferentes cotas. Em cada cota há comércio, pracinhas, espaços de encontro. Super bacana! Não consegui entrar em nenhum cubo, mas ao que parece cada um é uma casa.

Sai de lá e encontrei a Lu e o Lex. Gosto tanto deles...
No leilão o Lex se saiu super bem! Fiquei super orgulhoso. É tão bacana encontrar gente legal, gentil, sensível...

Estou aos poucos ajeitando minha casinha. Está divertida e prazerosa essa estadia. É claro que não tem o glamour do turista. Mas pra mim é ainda melhor. Tem o gosto neutro do real. Daquilo que nos encanta pelo simples fato de ter a mesma intensidade a que estamos acostumados. A intensidade da rotina. A intensidade da vivência mais do que da experiência. Experimentar é fácil. Você não gosta e logo abre mão. Viver... bom, viver requer mais do que dizer um sim. É dizer sim todo dia a toda hora a todo tempo. Sim à vida. Viver é a rotina do sim, ainda que o não insista em sair por entre os dentes...

Viver é reticências.

4 comentários:

babuína disse...

Que gostoso!! Quero uma casa-cubo!haha Que bom que as coisas estão melhores e que você está aproveitando! E de quebra, vai voltar com as pernocas durinhas de tanto andar de bike! Academia forçada! haha Saudade querido! Saudade gigante de vc, de um cineminha estranho, cervejinha e papos aleatórios na madruga, etc,etc,etc! se cuida por aí!
Bjo
Pri

isadora krieger disse...

Fiquei muito feliz por te fazer feliz com minhas palavras. Trouxe-me um sorriso logo cedo.

Obrigada!

:)

mmeira disse...

o que fazer naquele canto do cubo? recostar? uma jacuzzi de canto? rs.

adorei seu espírito de criatividade e paixão, é isso ae rapá! =)

as outras fotos eram do anel rodoviário mário covas? rs.

Lica disse...

Fee
que post delicioso!! Adoreiii! Esta ajeitando a vidinha, acostumando com as coisas estranhas!! To mto feliz por vc, queridoo!!

Mto legal como vc discreve os lugares, me imaginei lá no bar, tomando o chopp a 60 centavos de euro. rs

Agora vá com calma, nao dá pra lembrar o nome de td mundo assim, logo no segundo post né rs

Eiiii, aquele all star preto!! Eu tenho um igual!!!! hauauaha

E q medo das casas-cubos! Aposto q não entrou pq não teve coragem, achou que eles iriam sair rolando! rsrs Brincadeiraaa...vc deve confiar nos arquitetos rs

Queridooooo...se divirta! Vc merece a melhor experiência!!

Bjão ;)