quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

estático



A janela recorta a paisagem branca. Olho e o que vejo é um mundo estático. Ninguém na rua. Ninguém na janela. Todo mundo à espera de algo que não sabe chegar. Neve incrustada há três dias nos galhos das árvores. Silêncio ensurdecedor quebrado apenas pelo atrito do trem nos trilhos de metal e madeira. O grito dos trilhos e os passos marcados à neve repousada no chão me lembram que alguém circula.
Alguém no mundo, caminha.
Eu, calminho, espio.

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